EDITORIAL

A atual gestão da Secretaria de Educação (SE), por meio da Política Pública Educacional do município “Anunciar, Tempo de Cuidar, Aprender e Transformar”, apresentou a Proposta Pedagógica “LêMundo”, abrangendo os eixos: Alfabetização, Educação Inclusiva, Literarte e as Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDIC). Sobre o eixo Educação Inclusiva, cabe ressaltar que a SE o compreende para além das questões relacionadas às pessoas com deficiência, contemplando um olhar sensível às relações étnico-raciais e tantas outras especificidades e subjetividades humanas.

Em comum, os quatro eixos objetivam garantir o primeiro direito de aprendizagem de todo estudante, que é o direito à leitura e à escrita. Na busca de garantir esse direito, é necessário vasculhar todos os atravessamentos que interferem, contribuem, afetam, impedem e/ou possibilitam a vasta vivência de mundo mediada pela leitura, pela escrita e pelas diversas formas de experimentar a aprendizagem. Trata-se de um processo que não ocorre desvinculado de todas as sensações e pertencimentos de quem aprende e ensina! Mediante essa reflexão, o combate ao preconceito e à discriminação perpassará direta ou indiretamente todas as ações e intervenções do LêMundo, como compromisso na efetivação do ensino da história e cultura afro-brasileira e indígena na rede municipal. Por esse motivo, a atual gestão da SE realiza, em parceria com a Funalfa, secretaria responsável pela gestão da cultura no município, o 1º Literarte “As Rozas Cabindas das nossas vidas: exemplos de resistência e luta”. A proposta intersetorial, além de ser uma diretriz do atual governo, se apresenta como parte das ações desenvolvidas por ambas as secretarias no intento de fomentar inovações e possibilidades na interação entre educação e cultura para o fortalecimento de Juiz de Fora como cidade inclusiva, onde “tudo é para todos”. Soma-se a essa perspectiva, a busca por promover a “virada pedagógica”, ação necessária ao pleno cumprimento do direito de aprendizagem a todo estudante. Unir educação e cultura significa compreender que a educação é lócus essencial para possibilitar aos estudantes o direito de acesso à literatura, à arte e à cultura.

Com o objetivo de fomentar inovações e possibilidades na interação entre educação e cultura para o fortalecimento de Juiz de Fora como cidade inclusiva; superar práticas homogeneizadoras, meritocráticas, subordinadas, invisibilizadoras, e, portanto, excludentes; tornar a ação um instrumento de luta no enfrentamento ao racismo e à discriminação, presentes em todos os campos da vida social e, por conseguinte, na vida escolar; e inspirar e fortalecer a discussão sobre as relações étnico-raciais na cidade por meio do diálogo das linguagens artísticas, culturais e literárias. Essa celebração se concretizará com a visibilidade e a potência de projetos já realizados pela SE, como o Intercâmbio da Educação Infantil, Mostra Professor Também Faz Arte, Mostra Estudantil de Arte e Literatudo. Pela Funalfa, ações realizadas à valorização da cultura negra, e o Novembro Negro. Temos, ainda, parceria com o Fórum Roza Cabinda e com a Universidade Federal de Juiz de Fora, por meio da Faculdade de Educação, que promoverá oficinas no evento, e com a FAEB, por meio do Congresso Internacional da Federação de Arte/Educadores (ConFAEB).

Para ampliar a possibilidade de diálogos com a literatura, teremos uma Feira de Livros, com tendas instaladas no Parque Halfeld, no período de 21 a 25 de novembro, manhã e tarde, para a venda de livros literários de temas diversificados, mas especialmente com a temática étnico-racial.

Assim, convidamos a todos e a todas para fruírem arte, literatura e cultura conosco, de 21 de novembro a 01 de dezembro deste ano de 2022, nas diversas estações de leitura participantes do 1º Literarte.

Confiram a programação completa! Esperamos vocês!



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