Por G1 Centro-Oeste de Minas


Igrejas católicas estão fechadas desde março em Divinópolis — Foto: Reprodução/Tv Integração

Com as portas fechas há mais de 80 dias, por conta do decreto municipal que determinou regras de isolamento social no mês de março devido ao coronavírus, as igrejas em Divinópolis - tanto as evangélicas quanto as católicas - tiveram redução de faturamento.

Mesmo com as atividades presenciais suspensas, essas instituições continuam com custos de contas de água e luz, por exemplo, além de salários e aluguéis.

Católicas

Sobre as igrejas católicas, no Centro-Oeste, 57 paróquias suspenderam as atividades no dia 17 de março e não há nenhuma previsão de retorno. As festas em devoção aos santos que ajudavam na arrecadação de verba também não ocorrem mais e, com isso, a receita diminuiu drasticamente.

“Algumas cidades têm a autorização para renomada de culto religioso, como em Nova Serrana, mas dentro da nossa diocese cabe a autoridade eclesial, que no caso é Dom José Carlos, a autorização para retomada das atividades religiosas referentes à igreja católica. O dízimo teve uma queda, não sabemos falar de números exatos, mas podemos perceber uma queda significativa”, disse o coordenador diocesano, Pedro Henrique Guimarães de Moura.

Pelo menos 50% do faturamento das igrejas foi afetado. Os padres aceitaram reduzir o salário e os contratos de vários funcionários foram suspensos.

“As festas marianas, santos juninos, barraquinhas, almoços e outros eventos, ajudam na receita das paróquias. Desde o momento que nós fechamos as igrejas, essa arrecadação caiu”, finalizou Pedro.

Igrejas evangélicas sofrem queda na arrecadação com as portas fechadas em Divinópolis — Foto: Tv Integração/Reprodução

Evangélicas

A situação das igrejas evangélicas também tem sido complicada, pois boa parte dos imóveis onde ocorrem as celebrações são alugados. Está difícil fechar as contas, segundo o pastor Marcos Vinícius.

“A arrecadação de uma forma geral tem caído drasticamente e essa realidade é sentida também e, profundamente levantada, na questão religiosa. Os templos e igrejas estão passando por muitas dificuldades. A arrecadação caiu consideravelmente e a igreja precisa ser mantida com seus compromissos financeiros como conta de água, luz, internet, funcionários, com encargos sociais. Defendemos o retorno das igrejas de forma consciente e com a observância de todas as medidas recomendadas pela Organização Mundial de Saúde", enfatizou o pastor.

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