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Frente parlamentar dos caminhoneiros nega paralisação: “Fake news”

Desde sexta (18/11), caminhoneiros voltaram a ocupar rodovias em protestos. Manifestantes também defenderam paralisação

atualizado

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Vinícius Schmidt/Metrópoles
Caminhoneiro ouve aúdio em celular enquanto caminha por beira de rodovia onde se vê vários caminhos parados por conta de bloqueios realizados por apoiadores do presidente derrotado nas eleições, Jair Bolsonaro - Metrópoles
1 de 1 Caminhoneiro ouve aúdio em celular enquanto caminha por beira de rodovia onde se vê vários caminhos parados por conta de bloqueios realizados por apoiadores do presidente derrotado nas eleições, Jair Bolsonaro - Metrópoles - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

A Frente Parlamentar dos Caminhoneiros publicou uma nota neste sábado (19/11) em que afirma não haver movimento de paralisação ou de obstrução de rodovias pela categoria. Os protestos seriam contra a decisão do ministro Alexandre de Moraes de bloquear as contas de empresas suspeitas de financiar atos após o fim do segundo turno das eleições.

Na nota assinada pelo deputado Nereu Crispim, a Frente diz que as informações que circulam sobre uma possível paralisação tratam-se de “fake news”.

“A Frente Parlamentar dos Caminhoneiros condena veementemente o uso indevido do nome da categoria por meios de comunicação e jornalistas tendenciosos de extrema direita apoiadores declarados do candidato que perdeu as eleições dia 30 de outubro para intimidar o povo brasileiro como se caminhoneiro fosse bucha de canhão para pregar ódio e desobediência civil como ocorrido em sete de setembro de 2021”, pontua.

Parte dos caminhoneiros retomou alguns bloqueios e manifestações em rodovias do país nessa sexta-feira (18/11). De acordo com o último boletim da Polícia Rodoviária Federal (PRF), há cinco bloqueios e 18 interdições em vias do país. As manifestações se concentram, principalmente, no Mato Grosso.

É o segundo movimento de bloqueio de rodovias desde o segundo turno das eleições. A quantidade de bloqueios agora é bem menor que da primeira vez. Na primeira semana após o resultado da votação, centenas de interdições chegaram a ser registradas.

Decisão de Moraes

Em grupos de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), militantes defendem que os protestos dessa semana são uma resposta à decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que puniu os responsáveis por financiar os movimentos.

No último sábado (12/11), o STF determinou o bloqueio das contas de 43 empresas e pessoas físicas por financiarem esses atos. A decisão foi noticiada na quinta (17/11).

Moraes determinou que a Polícia Federal (PF) colha depoimentos de todas as empresas e pessoas listadas. Na ocasião, o ministro citou o deslocamento de 115 caminhões para o QG do Exército, em Brasília, onde os manifestantes se concentram.

Confira a nota da Frente Parlamentar dos Caminhoneiros:

É FAKE NEWS QUE OS CAMINHONEIROS FARÃO PARALISAÇÃO

A Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Caminhoneiros Autônomos e Celetistas a pedido de várias entidades que representam a categoria em todo território brasileiro que não existe nenhum movimento de paralisação ou de obstrução de rodovias para protestar contra decisões do Ministro Alexandre de Moraes de bloqueio de recursos de empresas e pessoas que estavam patrocinando atos golpistas e antidemocráticos contra ordem constitucional vigente como pedido de intervenção dos militares!

A categoria aceita de forma democrática o resultado das eleições e não tem nada a contrapor quanto à segurança das urnas eletrônicas!

A Frente Parlamentar dos Caminhoneiros condena veementemente o uso indevido do nome da categoria por meios de comunicação e jornalistas tendenciosos de extrema direita apoiadores declarados do candidato que perdeu as eleições dia 30 de outubro para intimidar o povo brasileiro como se caminhoneiro fosse bucha de canhão para pregar ódio e desobediência civil como ocorrido em sete de setembro de 2021.

O Brasil quer paz e políticas objetivas de combate a fome a miséria a desigualdade e a falta de governo social ocorrida nos últimos quatro anos!

Caminhoneiro não é massa de manobra de empresário vantagem financiador de golpe Institucional!

Deputado Federal Nereu Crispim PSD/RS

Presidente da Frente Parlamentar dos Caminhoneiros Autônomos

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