Agentes revistaram cela de Jairinho após denúncia de acesso a celular
Secretaria recebeu informações de que aparelho estaria com padrasto de Henry. Regalias a vereador e Monique foram descartadas
atualizado
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Rio de Janeiro – Agentes da Secretaria Estado de Administração Penitenciária (Seap) vasculharam a cela do médico e vereador Jairo Souza Santos Junior (sem partido), na quinta-feira (14/4). Eles receberam denúncia de que o parlamentar estaria com um celular na cela do presídio Pedrolino Werling de Oliveira, conhecido como Bangu 8, no Complexo de Gericinó, zona oeste do Rio.
Entretanto, nada de irregular foi constatado. Jairinho, padrasto, e Monique Medeiros, mãe do menino Henry, estão presos desde o dia 8 de abril, acusados de envolvimento na morte da criança.
“Por enquanto, ele está sozinho em uma cela por causa da Covid-19, procedimento padrão, são 14 dias, mas deverá ir para o convívio com os outros presos quando acabar o período. Recebemos a denúncia sobre o telefone, vasculhamos e nada foi encontrado”, afirmou o secretário de Estado de Administração Penitenciária, Raphael Montenegro.
Atualmente a unidade tem cerca de 70 internos com nível superior, e não apenas presos oriundos das operações da Lava Jato.
Presídios monitorados
Em entrevista ao Metrópoles, o secretário afirmou que o Complexo de Gericinó tem câmeras muito modernas, monitoradas 24 horas por agentes da Superintendência de Controle e Monitoramento. “São equipamentos capazes de focar em qualquer situação considerada atípica”, frisou Montenegro.
Jairinho é considerado um preso de bom comportamento, que apenas pede atendimento médico com frequência.
“É comum ele pedir atendimento médico. A Lava Jato foi um escola para os agentes. Eles estão acostumados a lidar com esse perfil. Tudo é monitorado. A gente tem que dar satisfação à sociedade e tratamento ao interno de acordo com a lei”, declarou Montenegro.
No dia 8 de abril, quando Jairinho e Monique foram presos, houve denúncia de que eles receberam regalias durante passagem pelo Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, zona norte, porta de entrada do sistema. A direção da unidade decidiu pedir exoneração. A denúncia foi apurada pela Seap e Ministério Público do Estado, que recebeu as imagens dos casal, mas não constatou irregularidades.
O menino Henry Borel Medeiros morreu no dia 8 de março. Jairinho e Monique alegaram acidente doméstico, mas laudos comprovaram morte violenta. De acordo com a polícia, eles serão indiciados por homicídio qualificado e tortura.