De 424 polos comerciais, 23 reúnem a maior diversidade de atividades varejistas em um mesmo local aponta estudo ACSP e Mackenzie

São Paulo, 10 de dezembro de 2019. Um levantamento inédito realizado pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e Universidade Mackenzie, por meio de big data e dados abertos georreferenciados, mapeou a localização da atividade varejista na cidade de São Paulo. De 424 polos comerciais, 23 reúnem concentração e diversidade total de atividades, dispondo de bancos, farmácias, minimercados, fastfood, eletro-casa, chocolateira e cosméticos/presentes.

Do ponto de vista econômico, a atividade varejista tem impacto em aproximadamente 64% no PIB nacional (considerando a construção civil e automóveis) e 23% se consideram o varejo restrito. No ramo do varejo a concentração de atividades é sempre importante para atração de consumidores, seja ela entre lojas do mesmo segmento (polos especializados) ou de outros ramos varejistas (polos com diversidade). Esta pesquisa tem como foco os polos onde se concentra a diversidade destas atividades.

Como critérios essenciais para a localização de um polo varejista, a pesquisa destaca a fácil acessibilidade e concentração de consumidores - tanto moradores como trabalhadores de uma determinada região. “A acessibilidade é um dos fatores essenciais para a existência de um polo varejista - como estação de trem e transporte público de alto fluxo. A alta concentração de pessoas nestes pontos, sem dúvidas, favorece ainda mais a composição destas atividades”, avalia Larissa Campagner, coordenadora da pesquisa, urbanista da ACSP (Associação Comercial de São Paulo) e professora do Mackenzie.

Estes pontos explicam, segundo ela, a existência de polos em locais distantes do centro expandido, como acontece em Perus. O Distrito está praticamente no limite noroeste da cidade, entretanto, possui uma estação de trem e alta densidade habitacional. Ainda, no levantamento, outro ponto que chama a atenção são os extremos – exemplo: Vila Maria (Av. Guilherme Cotching) e Vila Carrão (Av. Conselheiro Carrão) - que integram os 23 polos comerciais classificados como de nível 1 (maior concentração de diversidade varejista).

Dentre os distritos conhecidos por concentrar as maiores rendas da cidade, apenas Campo Belo possui um polo nível 1, com todos os níveis de atividade. Itaim Bibi, Morumbi e Alto de Pinheiros estão fora desta classificação, não possuindo nenhum polo registrado. “Uma das explicações é que os hábitos de compra de pessoas desta região - além de suas preferências de consumo – passam por Shopping Centers (local que, geralmente, concentra toda atividade varejista em um só espaço)”, destaca Larissa.

Conhecidos centros varejistas da cidade de São Paulo, como 25 de Março ou Santa Efigênia, não estão classificadas entre os polos de nível 1 e 2, por concentrarem diversas atividades do mesmo setor. Entretanto aparecem no mapeamento como polos especializados. Os Destaques são a Teodoro Sampaio, Centro Velho e Centro Novo que, além de concentrarem produtos especializados, também abrigam lojas dos mais variados segmentos varejistas.

Os 'Big-Five' do sistema bancário, que atendem basicamente o segmento do varejo, como Santander (476), Bradesco (473), Itaú (447), Caixa (288) e Banco do Brasil (245) se destacam em termos de capilaridade, mas nem sempre estão localizados em um polo. Outro setor, de grande representatividade, é o farmacêutico – tendo a Drogasil (228), Drogaria SP (194) e Droga Raia (163) com maior número de lojas. O Boticário (135), Casas Bahia (83) e Mac Donald’s (72) também aparecem topo do mapeamento. “O estudo nos possibilitou, de forma inédita, entender como funciona o ecossistema do varejo de rua. Isso auxiliará, a partir de agora, o poder público e a iniciativa privada a tomar decisões e entender hábitos de consumo em regiões estratégicas da capital”, finaliza Larissa.

Metodologia: 

A pesquisa “Conhecendo os Polos Varejistas de Rua da Cidade de São Paulo” realizada entre 2018 e 2019 - encerrou sua primeira etapa. Fruto de um trabalho que levantou e mapeou mais de 400 polos, diversificados e especializados, esta etapa se encerra com a apresentação de um mapeamento inédito dos principais polos varejistas de rua da cidade e sua classificação em três níveis. Nesta etapa foi desenvolvida e aplicada a Metodologia para Levantamento dos Polos Varejistas de Rua da Cidade de São Paulo – MELPO, que se serve de levantamentos de campo e outras fontes, e tem como objetivo a criação de um banco de dados sobre o tema. Coerente com sistemas Big Data e dados abertos.

 

Sobre a ACSP: 

 A Associação Comercial de São Paulo (ACSP), em seus 124 anos de história, é considerada a voz do empreendedor paulistano. A instituição atua diretamente na defesa da livre iniciativa e, ao longo de sua trajetória, esteve sempre ao lado da pequena e média empresa e dos profissionais liberais, contribuindo para o desenvolvimento do comércio, da indústria e da prestação de serviços. Além do seu prédio central, a ACSP dispõe de 15 Sedes Distritais, que mantêm os associados informados sobre assuntos do seu interesse, promovem palestras e buscam soluções para os problemas de cada região.

 

Mais informações:

Patrícia Gomes Baptista
Assessoria de Imprensa ACSP
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Sobre a ACSP: A Associação Comercial de São Paulo (ACSP), em seus 123 anos de história, é considerada a voz do empreendedor paulistano. A instituição atua diretamente na defesa da livre iniciativa e, ao longo de sua trajetória, esteve sempre ao lado da pequena e média empresa e dos profissionais liberais, contribuindo para o desenvolvimento do comércio, da indústria e da prestação de serviços. Além do seu prédio central, a ACSP dispõe de 15 Sedes Distritais, que mantêm os associados informados sobre assuntos do seu interesse, promovem palestras e buscam soluções para os problemas de cada região.

 

Por ACSP