A quantidade de furtos registrada nas últimas semanas em lojas do Centro de Joinville tem assustado lojistas da região. De acordo com a Polícia Militar (PM), mesmo que as ocorrências tenham sido próximas umas das outras, não houve aumento nas estatísticas com relação ao ano anterior. 

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Segundo a PM, houve, inclusive, redução nos índices. Entre janeiro e maio de 2021, o bairro Centro constatou 26% a menos de ocorrências do que em 2020. Já na região central, foi 50% a menos no mesmo período.  

Uma das ocorrências atendidas pela polícia foi em uma loja de colchões onde Eduardo Ferreira Rohling é gerente. A loja foi alvo de arrombamento na madrugada da última terça-feira (8). O suspeito quebrou o vidro do estabelecimento, prejudicou mercadorias e levou um aparelho celular porque, segundo o gerente, não havia dinheiro dentro da loja. 

– Fica um sentimento de impunidade. A gente percebe que o Centro está abandonado e isso está acontecendo em muitas lojas. Dá revolta, principalmente porque já estamos vivendo um momento difícil de pandemia e nos esforçamos para não fechar a loja – considera Eduardo.

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Segundo o gestor, a loja mudou de endereço há cerca de três meses e o principal objetivo foi o de cortar custos por causa da crise gerada pela pandemia. Antes disso, o estabelecimento funcionou por seis anos no endereço anterior e nunca havia passado por uma situação semelhante. 

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Recuperação da crise

De acordo com o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Joinville, José Manoel Ramos, os registros são avaliados de formas diferentes: desde grandes roubos, realizados por quadrilhas especializadas, até pequenos furtos mais corriqueiros. 

Um dos fatores mais preocupantes para o setor está relacionado à recuperação da crise gerada pela pandemia. 

– Essas ocorrências de quebra de vitrine passaram dos limites. Os lojistas têm muitos transtornos com isso, além do prejuízo com o furto. Muitas vezes, o prejuízo de uma vitrine quebrado é muito maior do que o valor do produto furtado, por exemplo. E já estamos em um momento delicado, tentando recuperar a economia – destaca José. 

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Ele reforça que a CDL tem buscado apoio da Polícia Militar e solicitado intensificação nas rondas para aumentar a segurança na região.

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Remanejamento de equipes de segurança 

A Polícia Militar destaca que tem adotado medidas para reforçar a segurança na região central. Segundo o tenente-coronel Celso Mlanarczyki Júnior, as equipes atuam em conjunto com a Polícia Civil, especialmente em casos de delitos mais graves, cometidos por quadrilhas especializadas; até crimes pontuais, geralmente cometidos por andarilho ou pessoas que utilizam a região central como local de permanência, em trabalho com a Secretaria de Proteção Civil e Segurança Pública (Seprot). 

Além disso, a polícia afirma que tem buscado medidas para ampliar a segurança, principalmente a partir dos relatos dos lojistas. Ainda reforça a necessidade de registro de boletins de ocorrência em casos semelhantes. 

– Independente de ter claramente uma redução de índice, a gente visualiza esses picos que causam preocupação e tomamos medidas para que não aumentem. Verificamos pontos, locais. Realizamos remanejamento de guarnições e ampliamos a concentração do policiamento – esclarece. 

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