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Como funcionam as cooperativas de reciclagem?

Ação e transformação. Essas duas palavras podem definir bem o papel desempenhado pelas cooperativas de reciclagem, que trarão de volta ao ciclo tudo aquilo que parecia não servir mais e que, descartado errado, prejudicaria o meio ambiente.

A população do Brasil produz, anualmente, mais de 78,3 milhões de toneladas de resíduos sólidos, sendo que muito disso poderia ser reciclado. Ao separar corretamente cada material com capacidade de reaproveitamento, inicia-se o valoroso trabalho das cooperativas.

Ao serem encaminhados para o serviço de coleta seletiva da cidade ou doados à pessoas que atuam com a recolha desses materiais, os resíduos chegam à cooperativa de reciclagem, onde será feita uma triagem. Lá, serão separados nas suas diversas categorias: plástico, vidro, papel colorido, papel branco, papelão, jornais, entre outros. O processo de separação é complexo, pois muitas embalagens podem cortar as mãos dos trabalhadores, como as latas e os vidros.

Feito o procedimento, os sacos com cada tipo de resíduo vão para a fase de prensagem, em que uma máquina prensa os materiais para compactá-los e, assim, facilitar o transporte para venda à empresas que fazem o processo de reciclagem. Então, eles serão transformados em matéria-prima, que dará origem a novos produtos.

Importância social e econômica

Mais do que o papel voltado à preservação ambiental, as cooperativas de reciclagem têm grande importância social.  Nelas, milhares de pessoas obtêm renda para garantirem o sustento às suas famílias. De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, são gerados, no Brasil, cerca de 332 mil empregos diretos pelo setor de reciclagem.

As cooperativas são responsáveis pela coleta de 90% de todos os resíduos recicláveis. Segundo a Abrelpe (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais), esse mercado movimenta, aproximadamente, R$ 24 bilhões anualmente.

Separação correta de resíduos

Para que o trabalho das cooperativas de reciclagem tenham êxito, a contribuição da população é fundamental, a mola propulsora de toda a atuação. Por isso, é de extrema importância que os resíduos sejam separados corretamente.

Organizado da maneira inadequada, o resíduo reciclável pode ser desperdiçado e encaminhado para o aterro como lixo comum. Hoje, muitos materiais que chegam às cooperativas de reciclagem não são aproveitados por erro na separação.

Confira algumas dicas para a coleta em casa e também para as lixeiras de coleta seletiva da cidade:

  • Não coloque resíduos sujos: Esvazie garrafas e recipientes. Para higienizar os materiais antes de enviar para as cooperativas, não é necessário aumentar o gasto com água; deixe separado, por dia, um balde de água para lavar as peças. No caso de papéis, papelões como caixas de pizza e pratos prontos com resíduos de gordura e alimentos, não é possível reaproveitar.
  • Amasse e dobre o que for possível: Organize os resíduos. Amasse as latas e dobre papelões para facilitar a coleta.
  • Evite sacos escuros: Deixe o lixo reciclável em sacos que possibilitem a identificação do material, para colaborar com o trabalho dos coletores.
  • Feche embalagens: Garrafas e recipientes plásticos devem ser colocados fechados na lixeira, pois embalagens abertas podem acumular água e tornar o material impróprio para reciclagem.
  • Nem todo vidro, plástico, metal e papel pode ser reaproveitado: Vidros, como lâmpadas, são tóxicos. Papéis plastificados, esponjas de aço e embalagem de pesticidas, por exemplo, também devem ser encaminhados ao lixo comum. Cuidado com estes itens na hora de colocar em lixeiras na rua.
  • Encaminhamento dos materiais: Os recicláveis devem ser colocados para coleta apenas no dia em que o caminhão da coleta seletiva passa na sua rua ou quando você souber que os catadores desses materiais passarão por lá. Assim, evita-se o acúmulo de sacos na calçada e o risco de cães os rasgarem, espalhando os resíduos e atraindo insetos.