Exposição virtual ‘Negras Cabeças’ enaltece os penteados africanos

Em formato gamificado, a mostra é uma imersão na cultura de oito etnias presentes na África. Veja:

Até 30 de dezembro de 2021

Todos os dias

24h

Recursos de acessibilidade para pessoas com deficiência não informados pelo próprio organizador do evento

A exposição virtual “Negras Cabeças” apresenta oito pinturas da artista visual illi (Íldima Lima), em formato de game interativo. A mostra nasce com o propósito de estabelecer uma conexão visual-ancestral entre as mulheres negras e fica disponível para acesso até 30 de dezembro.

As mulheres Fulani enfeitavam os cabelos trançados com miçangas, búzios e moedas de prata e âmbar
Créditos: Reprodução/ Catálogo da exposição Negras Cabeças
As mulheres Fulani enfeitavam os cabelos trançados com miçangas, búzios e moedas de prata e âmbar

A artista explora referências e registros históricos de mulheres das etnias Betsimisaraka, Mangbetu, Suri, Mursi, Mwila, Mbalantu, Fulani e Himba, que utilizavam penteados e adornos de cabeça como artifícios de linguagem para expressar aspectos pertinentes à sua cultura.

As mulheres Mwila usam tranças chamadas de Nontombi, com aparência de dreadlocks
Créditos: Reprodução/ Catálogo da exposição Negras Cabeças
As mulheres Mwila usam tranças chamadas de Nontombi, com aparência de dreadlocks

“Negras Cabeças” se utiliza da mecânica de jogos digitais para criar um elo entre o contemporâneo e o ancestral. Desta forma, o visitante tem autonomia para explorar cada um dos três mundos criados por illi.

Assim, é possível entrar em um ambiente imersivo, já que cada obra apresentada está contida em um cenário que reproduz o bioma onde aquela etnia vive ou viveu. A ideia é que o público crie uma conexão com a realidade espacial de cada grupo étnico.

Na cultura Suri, a beleza é reflexo da autoconfiança, assim são usados como adorno placas labiais, escarificação, pintura facial e flores
Créditos: Reprodução/ Catálogo da exposição Negras Cabeças
Na cultura Suri, a beleza é reflexo da autoconfiança, assim são usados como adorno placas labiais, escarificação, pintura facial e flores

No site estão informações sobre as tradições dos grupos étnicos africanos selecionados pela artista – incluindo curiosidades a respeito dos padrões de beleza de cada sociedade. Além de um breve resumo sobre cada etnia, há fotografias de mulheres dos oito grupos apresentados.

A artista illi desenvolve um projeto de pesquisa plástica voltado à representação de mulheres negras nas artes, com ênfase na apropriação, deslocamento e ressignificação de seus corpos.

Enquanto muitas sociedades ficam presas aos padrões de beleza europeus, é importante conhecer, respeitar e preservar os costumes milenares de povos africanos, indígenas e asiáticos, já que o mundo é plural e diverso. Não deixe de acessar a mostra “Negras Cabeças” para expandir seus horizontes.

E tem outros programinhas virtuais imperdíveis acontecendo. Olha só: