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OS PAÇOS
PORTUGUESES

Passos para o seu
estudo e divulgação

 

13 e 14 de outubro de 2022
Local: Paço dos Duques de Bragança (Guimarães) | Visita ao Património de Cabeceiras de Basto

Valor da Inscrição

Dia 13 - Gratuito


Dia 14 - 20€ (Inclui almoço e transporte)

 

Apresentação

Com este Encontro, organizado pelo Paço dos Duques de Bragança e pelo Paço de Vila Viçosa, com o imprescindível apoio da Associação de Amigos do Paço dos Duques de Bragança e Castelo de Guimarães, pretende-se analisar os paços portugueses, estejam estes na mão de instituições ou de particulares.

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Deseja-se estimular a partilha de conhecimentos, definir metodologias de análise, criar sinergias entre os investigadores e os detentores destes espaços senhoriais.

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Há falta de um fórum onde possa ser partilhada a investigação que vai sendo levada a cabo sobre estas habitações senhoriais, permitindo conhecer os resultados de escavações arqueológicas, os documentos arquivísticos e iconográficos, a arquitetura, a estruturação dos espaços de circulação, as funções das diferentes câmaras e a sua articulação, o modo como eram habitados e decorados.

Apresentação

Programa

Dia 13

Dia 14

09h00       Receção aos participantes

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09h30        Manuel Luís Real (CITCEM-FLUP e IEM-NOVA

FCSH; Investigador)

Os paços condais de Hermenegildo Gonçalves e Mumadona Dias

 

10h15          Nuno Senos (Universidade Nova. FCSH,

Professor)

O Paço de Ourém e a arquitetura residencial no Portugal de Quatrocentos

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11h00         Pausa para café

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11h30          Daniel V. Oliveira (Universidade do Minho,

Dept. Engenharia Civil, ISISE; Prof. Associado)

As tecnologias digitais na conservação preventiva do património construído: aplicação ao Paço dos Duques

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12h15           Pausa para almoço

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14h30         Arnaldo Sousa Melo (Universidade do 

Minho. Departamento de História e Lab2PT/IN2PAST; Professor) e Raquel Oliveira Martins (Universidade do Minho e Lab2PT/IN2PAST; Investigadora)

Os Paços senhoriais medievais como expressões de poder urbano: o Paço arquiepiscopal de Braga e o Paço dos Duques de Bragança, em Guimarães

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15h15           Hélder Sousa (Universidade do Minho. Dept. 

Engenharia Civil e ISISE; Investigador Auxiliar)

A estrutura de madeira da cobertura da Casa da Câmara de Guimarães: análise de segurança e digitalização

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16h00         Pausa para café

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16h30         Mário Barroca (Universidade do Porto.

Faculdade de Letras, Professor Catedrático); Antero Ferreira (Universidade do Minho. Diretor da Casa de Sarmento e CITCEM)

A Torre dos Peixotos, em Azurém (Guimarães)

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17h15           Saul António Gomes (Universidade de Coimbra

- Faculdade de Letras e CHSC)

As obras do Paço da Alcáçova de Lisboa no reinado de D. Afonso V

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18h00        Visita à Casa da Câmara (Guimarães)

08h45        Saída do Paço dos Duques

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10h00        Visita a Torre de Abadim ou Casa do Tronco

(Abadim)

 

11h00         Visita a Casa da Lã (Bucos)

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12h15          Almoço no restaurante Luís de Outeirinho

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14h30         Visita à Casa da Taipa

(Casal, Cabeceiras de Basto, S. Nicolau)

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15h30        Visita à Torre da Casa da Ribeira (Faia)

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16h30         Regresso a Guimarães

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Programa

Oradores

Manuel Luís Real

Licenciado em História, pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto e Pós-graduado com o Curso de Bibliotecário-Arquivista, pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Foi Técnico Superior na Biblioteca Pública Municipal do Porto (1971-1981), Chefe de Divisão do Arquivo Histórico Municipal do Porto (1981-1995) e Diretor do Departamento de Arquivos da Câmara Municipal do Porto (1995-2010). Encontra-se atualmente aposentado.

Foi professor convidado do Curso Superior de Ciências Documentais, da Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Tem publicado estudos na sua área profissional, assim como de História Medieval, Arte e Arqueologia. Participou nas escavações luso-francesas de Conimbriga e na estação arqueológica da Falperra; dirigiu ou codirigiu outras ações em Sabariz (Viana do Castelo), Lagares (Penafiel), Porto e Guimarães. É de salientar, neste último caso, a responsabilidade pela intervenção arqueológica na Pousada de Santa Marinha da Costa.

E-mail: manuelluisreal@gmail.com

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Nuno Senos

Professor de História da Arte e da Arquitetura na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, onde é coordenador executivo do respetivo departamento; é também subdiretor do Instituto de História da Arte da mesma universidade. Tendo-se doutorado pelo Institute of Fine Arts, New York University, os seus interesses de investigação e ensino estendem-se da arquitetura quinhentista em Portugal à arquitetura no Brasil colonial, e ao consumo artístico em Portugal na Idade Moderna. É autor de vários livros e artigos, nomeadamente sobre o Paço Real da Ribeira ou o Paço Ducal de Vila Viçosa. É presentemente cocoordenador de um projeto europeu dedicado à gestão de palácios-museus. Tem também sido consultor no âmbito da intervenção em património arquitetónico histórico.

E-mail: nsenos@fcsh.unl.pt

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Daniel V. Oliveira

Licenciado e mestre em Engenharia Civil pela Universidade do Porto, e doutorado em Engenharia Civil pela Universidade do Minho. Atualmente, é Professor Associado no Departamento de Engenharia Civil da Universidade do Minho.

Os seus principais interesses de investigação estão relacionados com o estudo de alvenaria tradicional e patrimonial e engenharia sísmica. Esteve envolvido em mais de 40 projetos de investigação científica e aplicada na área da alvenaria, incluindo casos de estudo do património nacional.

E-mail: danvco@civil.uminho.pt

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Arnaldo Sousa Melo

Professor Auxiliar com Agregação do Departamento de História, do Instituto de Ciências Sociais (ICS), da Universidade do Minho (UM). Investigador do Lab2PT/In2Past - UM; investigador associado do LAMOP – Université de Paris 1 Sorbonne. Doutor em História da Idade Média pela Universidade do Minho e pela EHESS (Paris). Investigador Responsável do projeto Medcrafts – Regulamentação dos mesteres em Portugal nos finais da Idade Média, séculos XIV e XV.

E-mail: amelo@ics.uminho.pt

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Raquel Oliveira Martins

Licenciada em História pela Universidade do Minho e Mestre em História da Idade Média, pela mesma Universidade. Atualmente a concluir o Doutoramento em História da Idade Média, numa cotutela entre a Universidade do Minho e a Universidade Paris 1 Panthéon-Sorbonne, com o tema de tese: "O poder de governar. instituições, ideologias e representações em Braga nos finais da idade média (séc. XIV e XV)". Projeto financiado pela FCT. Investigadora na área científica da História, nas seguintes Unidades de Investigação: Lab2PT/ UNIVERSIDADE DO MINHO; LaMOP /UNIVERSIDADE PARIS 1 PANTHEON-SORBONNE; IEM/FCSH-NOVA. Linhas de investigação: História política medieval, poder concelhio, oligarquias urbanas, representações e manifestações do poder simbólico na Idade Média, fundamentos do poder político medieval, filosofia política medieval.

E-mail: raqueldeoliveiramartins@gmail.com

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Hélder Manuel da Silva e Sousa

Engenheiro Civil pela Universidade do Minho em 2009, realizou o seu doutoramento em 2013, igualmente na Universidade do Minho, sobre metodologias de avaliação de segurança de elementos existentes em madeira. O seu domínio de investigação abrange a avaliação de segurança de estruturas de madeira através de ensaios não destrutivos, com especial relevância na inspeção visual, e na análise de fiabilidade estrutural, sendo autor de diversas publicações, em conferência e revista, nessa área. Outras áreas de investigação são referentes ao domínio de dimensionamento de edifícios com materiais inovadores em madeira, assim como gestão de infraestruturas. Atualmente é presidente do grupo de trabalho para resiliência de estruturas existentes na IABSE e faz parte de vários corpos editoriais de revistas científicas.

E-mail: sousa.hms@gmail.com

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Mário Barroca

Professor Catedrático da Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Doutorado em Arqueologia (1996) e Agregação em Arqueologia (2007). Especializado em Arqueologia Medieval (Arquitetura Militar, Armas e Armaduras, Domus Fortis e Epigrafia Medieval). Membro da Comissão Coordenadora do CITCEM, sendo Coordenador do Grupo «Territórios e Paisagens». Diretor da revista PORTVGALIA. Membro do Conselho Científico da FLUP e Membro do Conselho Científico das revistas Medievalista (FCSH-UNL), Conimbriga (FLUC), CEM (Citcem), Cuadernos de Estudios Gallegos (Instituto de Estudios Gallegos Padre Sarmiento, CSIC, Santiago de Compostela), Revelar (FLUP) e M (revista de Numismática da IN-CM).

E-mail: mbarroca@letras.up.pt

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Antero Ferreira

Diretor da Casa de Sarmento (UMinho) e investigador do Grupo de Populações e Saúde do CITCEM (FLUP). Presidente da Direção da Sociedade Martins Sarmento, e Vice-Presidente da Asociación de Demografía Histórica (ADEH). Licenciado em História e Ciências Socias (UMinho 1986) e Mestre em História das Populações (UMinho 2003). Desenvolve investigação nas áreas de Demografia Histórica, História da Família e História das Populações.

E-mail: aferreira@csarmento.uminho.pt

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Saul António Gomes

Professor associado com agregação do Departamento de História, Estudos Europeus, Arqueologia e Artes da FLUC e investigador integrado do Centro de História da Sociedade e da Cultura, da UC, e colaborador do Centro de Estudos de História Religiosa da UCP. Da sua obra, destaca a biografia que dedicou ao rei D. Afonso V (Círculo de Leitores, 2006), os livros acerca dos castelos da região de Leiria e de Lisboa, assim como os estudos relativos a temas de história monástica, social e institucional medieval e moderna de Portugal.

Oradores
Manuel
Nuno
Daniel
Arnaldo
Raquel
Helder
Mario
Antero
Saul

Comunicações

Os paços condais de Hermenegildo Gonçalves e Mumadona Dias: evolução do complexo habitacional, desde a grande Aula em madeira e materiais ligeiros, à construção do novo Paço, de boa alvenaria e articulado com a renovada igreja palatina.

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Manuel Luís Real (CITCEM-FLUP e IEM-NOVA FCSH; Investigador)

Resumo: Situada na vertente ocidental do Monte da Penha, a Pousada de Santa Marinha alberga notáveis vestígios dos primitivos paços dos condes de Portucale. É possível que o sítio tenha sido ocupado em época romana e identificou-se um templo atribuível ao séc. VI-VII. Este irá ser substituído por um outro cuja arquitetura apresenta nítida influência asturiana. É provável que já existisse quando os condes Hermenegildo e Mumadona se instalaram em Guimarães, por volta de 926 d.C.. A arqueologia revelou a existência de uma primeira aula palatina, construída em madeira e atribuível, desde logo, à família condal. Anos mais tarde, todo o complexo arquitetónico foi substituído por um conjunto monumental, feito de silhares bem esquadriados e do qual se conseguiram identificar: um terceiro templo Alto medievo, mais a norte; nova aula retangular, no local da anterior e agora construída em alvenaria; e um muro de ligação entre estes dois edifícios, dotado de uma torre com portas de arco em ferradura.

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O Paço de Ourém e a arquitetura residencial no Portugal de Quatrocentos.

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Nuno Senos (Universidade Nova. FCSH, Professor auxiliar)

Resumo: O Paço Condal de Ourém ocupa um lugar muito particular na história da arquitetura residencial em Portugal num tempo de transição entre a Idade Média e a Idade Moderna. Há muito que se reconhece o impacto italiano que testemunha e que, contudo, merece ser revisitado. Menos sublinhada, mas igualmente digna da atenção, é a sua articulação num conjunto que integra, para além da componente habitacional, outras duas militares, resultando num todo único que constitui um exemplar ímpar no seu género. Finalmente, a leitura do seu interior, na tentativa de perceber como pode ter sido organizado, revela dificuldades que procurarei também abordar.

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As tecnologias digitais na conservação preventiva do património construído: aplicação ao Paço dos Duques.

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Daniel V. Oliveira (Universidade do Minho, Dept. Engenharia Civil, ISISE; Prof. Associado)

Resumo: O desenvolvimento e implementação de um sistema de conservação preventiva do património cultural envolve diversos desafios. Em particular, a digitalização está a assumir um papel cada vez mais relevante neste contexto, permitindo que a informação seja centralizada e partilhada entre as partes envolvidas.

A apresentação irá discutir os aspetos mais relevantes da metodologia de conservação preventiva HeritageCare, recentemente desenvolvida pela Universidade do Minho, e a sua aplicação ao Paço dos Duques de Bragança, em Guimarães.

A HeritageCare apresenta 3 níveis de trabalho de complexidade crescente. Num primeiro nível incluem-se ferramentas baseadas na web e móveis, combinando flexibilidade e fácil acesso, baseadas num protocolo de inspeção. Posteriormente, aplicaram-se técnicas geomáticas para gerar réplicas virtuais e monitorização. Finalmente, criaram-se modelos digitais 3D que permitem visualizar e atualizar todos os dados significativos sobre a conservação do Paço dos Duques.

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Os Paços senhoriais medievais como expressões de poder urbano: o Paço arquiepiscopal de Braga e o Paço dos Duques de Bragança em Guimarães.

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Arnaldo Sousa Melo (Universidade do Minho. Departamento de História e Lab2PT/IN2PAST; Professor auxiliar) e Raquel Oliveira Martins (Universidade do Minho e Lab2PT/IN2PAST; Investigadora)

Resumo: Esta comunicação visa analisar a relação entre os paços senhoriais urbanos e o exercício dos poderes senhoriais na Idade Média. Partindo dos exemplos do Paço arquiepiscopal de Braga e do Paço dos Duques de Bragança em Guimarães pretende-se refletir sobre a função e o estatuto desses edifícios como símbolos e expressão de poder e de discurso político, nas suas manifestações físicas e simbólicas. Privilegiar-se-á a análise desses edifícios, na sua dimensão artística e arquitetónica, bem como o significado da sua inserção no plano urbano respetivo.

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A estrutura de madeira da cobertura da Casa da Câmara de Guimarães: análise de segurança e digitalização.

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Hélder Manuel da Silva e Sousa (Universidade do Minho. Dept. Engenharia Civil e ISISE; Investigador Auxiliar)

Resumo: As coberturas em madeira de construções históricas usualmente apresentam uma elevada complexidade geométrica na composição tridimensional dos seus elementos, revelando a capacidade de imaginação e criação de antigos artífices. Para além disso, essas estruturas são frequentemente compostas por vigas de seção irregular, que ao longo do tempo foram expostas a agentes abióticos e bióticos que levaram à sua deterioração. Devido a essa complexidade e à incerteza referente à capacidade resistente desses elementos é necessário analisar a sua segurança estrutural. Com esse objetivo, neste trabalho foi realizado um levantamento geométrico da cobertura em madeira da Casa da Câmara de Guimarães, através de varrimento laser, e combinado com os resultados de ensaios não destrutivos. Com esses dados foi realizada uma análise de segurança estrutural e a criado um modelo digital tridimensional que permite a introdução de informação histórica e detalhes de intervenção para posterior gestão do edifício.

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A Torre dos Peixotos, em Azurém (Guimarães).

 

Mário Jorge Barroca (Universidade do Porto. Faculdade de Letras e CITCEM, Professor Catedrático); Antero Ferreira (Universidade do Minho. Diretor da Casa de Sarmento e CITCEM)

Resumo: A Casa dos Peixotos, também conhecida como Casa de Pousada, situa-se na freguesia de Azurém, concelho de Guimarães. É uma edificação do século XIII, que se manteve na posse da família dos Peixotos até finais do século XIX. Tendo sido objeto de obras durante o século XX, mantém ainda algumas características da sua ancestralidade original.

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As obras do Paço da Alcáçova de Lisboa no reinado de D. Afonso V.

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Saul António Gomes (Universidade de Coimbra - Faculdade de Letras e CHSC)

Resumo: Entre os anos de 1441 e 1451 foram levadas a cabo diversas obras de renovação arquitetónica no Paço da Alcáçova de Lisboa. Integrando-se num processo histórico particularmente interessante no domínio da modernização das propostas construtivas dos paços régios e nobiliárquicos portugueses do final da Idade Média, as obras patrocinadas neste palácio real de Lisboa, que o Terramoto de 1755 apagaria da paisagem monumental da capital portuguesa, podem ser consideradas, todavia, a partir da exploração de alguma documentação arquivística subsistente, a qual permite entrever reconstituir a organização e funcionamento do estaleiro dessas obras de reforma e conhecer, também, as suas componentes materiais e custos financeiros de realização.

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Rua Conde Dom Henrique,

4800-412 Guimarães

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